sexta-feira, 29 de maio de 2009

Celebração ao Dia da África


A professora de Geografia Adriana Moreira da Classe IV, juntamente com a articuladora de área profª Darci Xavier, farão uma apresentação em comemoração ao Dia da África no dia 30 de maio no auditório da Escola Parque. A apresentação revelará aos presentes, características e aspectos significativos da cultura africana .
­­­­­­­­CONVITE

O Centro Educacional Carneiro Ribeiro – Escola Parque, com apoio da SUPAV-Superintendência de Acompanhamento e Avaliação do Sistema Educacional , tem o prazer de convidar Vossa Senhoria para a Celebração ao Dia da África - Ação do Projeto de Implementação do Estudo da História e Cultura Afro-Brasileira, em cumprimento ao disposto na Lei Federal 10.639/ 03.Local: CECR – Escola ParqueRua Saldanha Marinho, 134 – Caixa D’ÁguaData: 30 de maio de 2009 (sábado letivo)Horário: 8h às 11h 30Público alvo: Educadores


IDEALIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO: ARTICULAÇÃO DE ÁREA

sábado, 23 de maio de 2009

Dia da África celebra luta pela independência


Olá queridos e queridas,

Mais uma data para comemorarmos, O Dia da África. Leiam as informações abaixo e comente. Procurem mais fontes de pesquisas e aumente seus conhecimentos. Leiam a poesia e digam qual a mensagem que quer nos passar.

"No dia 25 de maio de 1963, 32 chefes de Estado africanos se reuniam contra a colonização e subordinação a que todo um continente repetidamente foi submetido durante séculos. Colonialismo, neocolonialismo, "partilha da África". Os termos mudaram ao longo do tempo, mas os africanos viam suas riquezas naturais e humanas sendo roubadas por povos que se consideravam superiores. Na reunião de 1963, em Adis Abeba, capital da Etiópia, esses líderes criaram a OUA (Organização da Unidade Africana), hoje a União Africana. Dada a importância daquele momento, o 25 de maio foi instituído pela ONU (Organização das Nações Unidas), em 1972, Dia da Libertação da África, e diversos eventos serão realizados esta semana para marcar a data".


Fonte: Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial


MULHER

"Chamam-te linda, chamam-te formosa,
Chamam-te bela, chamam-te gentil...
A rosa é linda, é bela, é graciosa,
Porém a tua graça é mais subtil.
A onda que na praia, sinuosa,
A areia enfeita com encantos mil,
Não tem a graça, a curva luminosa
Das linhas do teu corpo, amor e ardil.
Chamam-te linda, encantadora ou bela;
Da tua graça é pálida aguarela
Todo o nome que o mundo à graça der.
Pergunto a Deus o nome que hei-de dar-te
E Deus responde em mim, por toda a parte:
Não chames bela — chama-lhe Mulher!"


Rui de Noronha (Maputo: 1909-1942)

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Ressignificando o 13 de maio na História do Brasil




Olá queridos e queridas,




Recebi este texto muito significativo e resolvi compartilhar com vocês.

Vamos pensar sobre o 13 de maio, uma data de reflexão sobre a necessidade e importância da luta contra o racismo. Leiam o texto e comente:

Ressignificando o 13 de maio na História do Brasil

“Um negro é um negro. Apenas em determinadas condições, ele se torna um escravo”. Karl Marx.

"Durante três séculos e meio de história brasileira, a população negra e africana foi tratada como mercadoria/propriedade privada. Importou -se ao longo desses mais de três séculos e meio de regime escravocrata, 4 milhões de negros africanos, ou seja 40% das importações totais das Américas - considerado uma das mais volumosas transferência forçada de pessoas havidas na História. Podendo ser objeto de compra, venda, empréstimo, doação, penhor, sequestro, transmissão por herança, embargo, depósito, arremate e adjudicação, a pessoa africana escravizada e seus descendentes no Brasil se encontravam na condição de uma mercadoria com a singularidade de que podiam ser punidos quando cometia uma crime através do Código Penal.
Historicamente, em 13 de maio de 1888, o Brasil abole a escravidão racial, ou seja, devolve a liberdade individual à população negra e africano-descendente. A partir do dia 14 de maio de 1888, oficialmente o 13 de maio passou a ser festejado como o dia da libertação dos negros e dos descendentes de africanos no Brasil. Com a efervescência política de 1988, quando a abolição da escravidão racial brasileira completava 100 anos, o 13 de maio ganhou um novo significado político na história brasileira.
O movimento social negro no Brasil e na Bahia, em maio de 1988, deflagraou a campanha “100 anos sem Abolição” e “100 anos da falsa Abolição” para dar visibilidade ao que estava ausente na história do Brasil – as precárias condições sócio-econômicas e educacionais que a população negra saiu da escravidão, ou, a moda de Florestan Fernandes a não “integração do negro na sociedade de classes no Brasil”, após 100 anos de abolição. Audiências públicas, passeatas, manifestações políticas foram realizadas nesse período pelo movimento social negro no Brasil e na Bahia, para denunciar as desigualdades raciais vividas pelas populações negras no acesso a direitos básicos, enfatizando-se como o 13 de maio não era uma data de festa para os negros brasileiros, pois a liberdade não se completa sem o direito á igualdade. Para o ativismo negro naquele momento, o 13 de maio, que até então vinha sendo festejado oficialmente como “o dia da população negra”, era uma data esvaziada de significado político para a população negra, já que, a partir dela, o Estado brasileiro não desenvolveu políticas de inclusão social dessa população, ao contrário, as políticas desenvolvidas para a população negra no pós-abolição foram políticas de exclusão, marginalização e criminalização.
Dessa forma, o 13 de maio se tornou, o Dia Nacional da Luta contra o Racismo. Isso significa que deve ser um dia no qual reflitamos sobre o que nós - educadores, governantes, políticos, ativistas, cidadãos brasileiros e brasileiras precisamos fazer, no plano individual e coletivo, para construirmos uma sociedade sem racismo, ou seja, uma sociedade na qual o acesso a direitos não seja determinado pela raça/cor das pessoas, enfim, uma sociedade na qual as pessoas tenham direitos garantidos independente da sua raça/cor".

Nádia Cardoso
Coordenação de Diversidade Negra, de Gênero, Sexualidade e Direitos Humanos
Diretoria de Inclusão e Diversidade (DIREM)/SUDEB/SEC

domingo, 10 de maio de 2009

MAIS POESIA


Olá turma,


Façam a leitura desta poesia de Conceição Evaristo, observem como ela retrata a mulher. Sua poesia é forte, madura e traz a luta constante da mulher negra em nossa sociedade, contra a descriminação. Além de ser de alta qualidade é decididamente afro-brasileira.

Qual o seu entendimento sobre esta poesia?

Como é tratada a mulher em nossa sociedade?



EU-MULHER

Uma gota de leite
me escorre entre os seios.
Uma mancha de sangue
me enfeita entre as pernas
Meia palavra mordida
me foge da boca.
Vagos desejos insinuam esperanças.
Eu-mulher em rios vermelhos
inauguro a vida.
Em baixa voz
violento os tímpanos do mundo.
Antevejo.
Antecipo.
Antes-vivo
Antes - agora - o que há de vir.
Eu fêmea-matriz.
Eu força-motriz.
Eu-mulher
abrigo da semente
moto-contínuo
do mundo.
Conceição Evaristo


CONCEIÇÃO EVARISTO nasceu em Belo Horizonte/MG em 1946 e reside no Rio de Janeiro desde 1973. Formou-se em Letras (Português-Literaturas) pela UFRJ. É Mestre em Literatura Brasileira pela PUC/RJ e doutoranda em Literatura Comparada. Esteve como palestrante, em 1996, nas cidades de Viena e de Salzburgo/Áustria, falando sobre literatura afro-brasileira.